08/10/2020 às 10h59min - Atualizada em 08/10/2020 às 10h59min

Doutora catarinense pesquisa vacinas em instituto da Universidade de Oxford

Da Redação
Arquivo Pessoal
Santa Catarina está bem representada na Universidade de Oxford, uma das mais conceituadas do mundo. Sthefany Pagliari, da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), ficou em quarentena por 14 dias antes de começar a trabalhar no Jenner, em 1º de outubro. Desde então, ela é pesquisadora de pós-doutorado num dos mais avançados centros de desenvolvimento de vacinas do planeta, incluindo uma em estágio avançado contra o novo coronavírus.

Entre 2014 e 2019, Sthefany integrou o Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia e Biociências da UFSC, onde produziu a tese Imunogenicidade e proteção frente ao desafio por parasitas transgênicos Plasmodium berghei [CS vivax] induzidas em camundongos pelo candidato vacinal antimalárico HBcAgPvCS formulado em diferentes adjuvantes orientada pelo professor Oscar Bruna-Romero.

Sthefany, que foi com bolsa do CNPq para o exterior, terminou sua tese em setembro do ano passado e ficou assustada quando as notícias sobre o novo coronavírus começaram a pipocar na imprensa. “O mundo parou quando ia dar o próximo passo da minha carreira. O que vou fazer?”, preocupava-se a cientista. “Acompanhando o desenrolar da pandemia, comecei a notar o quanto o mundo estava valorizando os cientistas, pela necessidade de ter uma vacina para combater o coronavírus”.

A urgência em criar uma vacina para a Covid-19 direcionou verbas, no mundo todo, para financiamento de pesquisas. A catarinense começou, então, a prestar mais atenção nas crescentes oportunidades para cientistas. “Estava chovendo vagas, tanto de empresas privadas como de universidades, precisando de profissionais para o desenvolvimento de novos candidatos vacinais. Foi aí que comecei de fato a aplicar (inscrever-se), não só pra Oxford, mas para instituições privadas”, conta.

Nesta hora, pesou a experiência de Sthefany do doutorado sanduíche – ela irá atuar junto ao professor Arturo Reyes-Sandoval, o mesmo que a recebeu anteriormente. “Recebi um alerta de uma vaga aberta no começo de agosto, através do site do departamento da Universidade de Oxford. Era muito parecida com o que havia realizado aqui (no doutorado)”, lembra.

O objetivo principal do pós-doc de Sthefany, juntamente com a equipe do professor Arturo, será avalição da resposta imune frente às vacinas que o laboratório vem desenvolvendo. “A grande área de pesquisa dele é a geração de vacinas contra doenças tropicais negligenciadas. Então incluí a vacina contra malária, meu objeto de estudo no doutorado, e outras doenças que estão sendo testadas na fase pré-clínica (em animais) e um candidato vacinal em fase clínica (teste em humanos), contra Zika e Chikungunya”, cita a cientista.
“Basicamente, meu papel será avaliar a resposta imune destas vacinas, tanto em animais como em humanos, dependendo do estágio de desenvolvimento em que ela se encontra, além da geração de outros novos candidatos” complementa.
Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Manezinho News Publicidade 1200x90
Contato pelo whatsapp...
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp