04/03/2021 às 00h00min - Atualizada em 04/03/2021 às 00h00min
Deputados cobram hospitais de campanha em Santa Catarina
Da Redação
Bruno Collaço / AGÊNCIA AL O colapso no sistema de saúde no estado de Santa Catarina, onde em algumas regiões a ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) já atingiu os 100%, faz com que parte do poder público defenda a construção dos chamados hospitais de campanha, uma estrutura temporária para atender a demanda durante este período.
No início da pandemia, em 2020, a possibilidade foi ventilada, mas não chegou a ser executada. Em outros estados, como São Paulo e Rio de Janeiro, os hospitais de campanha foram montados, mas também já foram desativados.
“Domingo eram 155, segunda passou para 235 e agora são 250 pessoas aguardando uma vaga na fila para UTI. Onde estão os mil leitos prometidos? E o hospital de campanha? Onde está a estrutura, porque dinheiro tem para dar com o pau, mais de R$ 1,1 bi”, disse o deputado estadual Ivan Naatz (PL), durante sessão na Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina).
Ada de Luca (MDB), também defendeu a medida. "Não tinha R$ 600 mi para comprar vagas de UTI na rede privada? Quantos leitos estão disponíveis? E o hospital de campanha, tem previsão? Qual seria o prazo para instalação? Onde seria instalado? Precisamos de ações, não de reação, a ação antecipa, planeja, mostra resultado; reação é correr atrás do prejuízo”, disse.
O deputado estadual Jair Miotto (PSC) cobrou a reabilitação de cerca de 300 leitos de UTI que foram desabilitados pelo Ministério da Saúde em 2020. “Hoje temos 1.280 leitos de UTI, precisamos voltar a 1.580, há 250 pessoas na lista de espera por vaga em UTI”, afirmou Miotto.