11/11/2020 às 00h00min - Atualizada em 11/11/2020 às 00h00min

​Pesquisadores de SC avaliam resposta imune à Covid-19

Da Redação
Divulgação
A reação diferente de cada pessoa contaminada pelo novo coronavírus ainda intriga a ciência. Muitas pessoas consideradas saudáveis acabam indo para uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e muitas pessoas idosas, do grupo de risco, acabam tendo sintomas mais leves. Além disso, quanto tempo uma pessoa curada poderia ficar imune ao vírus? São perguntas ainda sem respostas. Assim, especialistas do mundo todo ainda trabalham para buscar respostas efetivas sobre a doença que já matou mais de 160 mil pessoas no Brasil.

Em Santa Catarina, um grupo de pesquisadores e professores ligados ao Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC/Ebserh), ao Departamento de Análises Clínicas do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e ao Hospital Nereu Ramos, está desenvolvendo uma pesquisa com cerca de 200 pacientes que tiveram a Covid-19 para verificar e tentar responder a essas perguntas.

De acordo com a professora do Departamento de Análises Clínicas da UFSC, Maria Cláudia Santos da Silva, coordenadora do pesquisa, denominada “Resposta Imune dos Pacientes Infectados pelo Sars-CoV-2, um estudo de coorte”, o objetivo é investigar o comportamento das células imunes, dos anticorpos e das proteínas inflamatórias no corpo das pessoas infectadas.

Segundo ela, embora a Covid-19 seja uma doença respiratória infecciosa altamente contagiosa, nem todas as pessoas desenvolvem o quadro grave e alguns estudos apontam que a transição de um estado assintomático ou de sintomas leves para este quadro grave possa estar ligada à resposta imune individual de cada pessoa. É este um dos pontos que a pesquisa pretende atingir. Outro ponto importante diz respeito à imunização.

“Apesar dos anticorpos específicos para a SARS-Cov-2 serem detectados em parte dos doentes, até o momento não se tem certeza de sua capacidade de proteção imunológica futura”, afirmou.

Devido a isso, os estudos que acompanhem os pacientes por um período. “Estes estudos, com certeza trarão à luz da ciência informações confiáveis e dados imprescindíveis para entendimento do desenvolvimento da Covid-19 e de seu agravamento”, explicou a professora coordenadora do projeto da pesquisa, que obteve financiamento da empresa JBS Ltda para a execução do estudo.

A pesquisadora também explicou que o estudo poderá ajudar a direcionar, no futuro, as intervenções clínicas (os protocolos para tratamento dos doentes), além de identificar, de forma mais organizada e científica, as características da população brasileira diante da infecção, o que pode contribuir para o estabelecimento de políticas públicas de saúde relacionadas à Covid-19.
 
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