11/04/2024 às 00h00min - Atualizada em 11/04/2024 às 00h00min

Dengue avança em SC e deputados cobram recursos de Brasília

Bruno Collaço / AGÊNCIA AL
Integrantes do MDB e PL lamentaram o avanço da dengue no estado, que lota postos de saúde, prontos atendimentos, hospitais e UTIs, e cobraram mais recursos de Brasília para conter a doença propagada pelo mosquito Aedes na sessão de terça-feira (9) da Alesc.

“Cerca de 95% dos leitos de UTIs estão ocupados, enfermarias estão sobrecarregadas com a dengue e as doenças respiratórias”, afirmou Lunelli (MDB), que destacou a abertura, em Jaraguá do Sul, um dos epicentros do mosquito, de um centro de atendimento exclusivo para pessoas com suspeita ou com a doença confirmada.

“A dengue é prioridade de todos, são mais de 10 horas esperando atendimento, é preciso priorizar o esforço na saúde”, insistiu Lunelli, que lembrou a responsabilidade dos municípios, do Estado e da União na gestão da epidemia.

Maurício Peixer (PL), Emerson Stein (MDB) e Massocco (PL) apoiaram Lunelli, mas ponderaram o esforço da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

“Um assunto debatido em Santa Catarina, o presidente da Alesc falou sobre como está a saúde e nós temos de acompanhar, cobrar e exigir providências, mas também para ser justo e correto com o que acontece”, anotou Peixer, que destacou a compra, pela SES, de 50 leitos para atender pacientes com dengue em hospital privado de Joinville.

“O governo tem feito sua parte com a aquisição de novos leitos de UTIs em todas as regiões; os municípios têm feito a sua parte, ampliando o horário de atendimento”, avaliou Emerson Stein.

“A dengue e a influenza sobrecarregaram todo o sistema, todos os hospitais estão colapsando”, admitiu Massocco, que acusou o governo federal, que comprou todas as vacinas disponíveis no mercado, de comprar vacinas contra a dengue para atender somente 1% da população, gastando apenas R$ 12 mi.

O deputado lembrou da cobrança pelas vacinas contra a Covid e conclamou homens e mulheres que se dedicam à pesquisa de vacinas para exigirem do governo federal a compra de mais vacinas.

Maurício Eskudlark (PL), por outro lado, avalia que a corrida aos hospitais, pronto atendimentos e postos de saúde não vem de agora. 

“A saúde foi citada e teve vídeo de um colega nosso mostrando o atendimento, mães esperando, mas isso não é novidade, vem há anos, por mais que se esteja investindo em saúde, ainda temos dificuldades, ainda mais em uma época de dengue e começo de inverno. A mudança do clima vai afetar, mães vão estar com seus filhos nas portas dos hospitais. Um pouco de demora é natural, mas nunca se investiu tanto em saúde como no governo Jorginho Mello”, assegurou o vice-presidente da Casa.

Dr. Vicente Caropreso (PSDB) citou o caso de Jaraguá do Sul e região e garantiu que a situação piorou.

“Tenho a dizer que nos últimos dias na cidade de Jaraguá do Sul, que atende sete municípios, tem 40 pessoas no pronto socorro sem lugar para colocar e mais oito entubadas em pronto socorro. Tem alguma coisa errada nesta história toda”, disparou Caropreso.

O deputado cobrou mais solidariedade dos municípios e elogiou a atuação da SES.

“É muito fácil colocar na ambulância e mandar para o município sede”, finalizou o médico neurologista, que voltou a cobrar a vacinação das pessoas. “O pessoal não tem procurado a vacina”.
Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Manezinho News Publicidade 1200x90
Contato pelo whatsapp...
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp