01/03/2021 às 00h00min - Atualizada em 01/03/2021 às 00h00min

Cenário econômico depende de imunização, auxílio emergencial e política cambial, diz economista da Fiesc

Da Redação
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A ampla imunização da população contra a Covid-19, a qualidade do programa de assistência emergencial e a condução da política de câmbio e juros serão determinantes para o desempenho econômico do Brasil no segundo semestre de 2021. A análise foi feita pelo economista Pablo Bittencourt, consultor da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) e professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Ele proferiu palestra sobre o tema durante a reunião da diretoria da FIESC, nesta sexta (26).

O economista entende que o programa de auxílio emergencial é inevitável, mas pode colocar em dúvida a capacidade de pagamentos do estado brasileiro, podendo, neste caso, elevar a taxa de câmbio. “Se a gente não tiver um programa de auxílio emergencial que consiga transmitir, com muita credibilidade, que os gastos são restritos a determinado período e bem focalizados para quem mais precisa, isso vai ser encarado como uma nova dificuldade de pagamento do setor público, que deve resultar em nova desvalorização da moeda brasileira”, disse. Desta forma, segundo Bittencourt, os preços internacionais vão se refletir na inflação brasileira. “Se a taxa de câmbio brasileira passar de R$ 5,5 durante três ou quatro meses, a gente pode ter problemas graves de inflação, mesmo sem ter demandas internas fortes. O Banco Central vai elevar mais a taxa de juros, que baliza os novos débitos do Governo Federal, que são de curto prazo e também vão balizar a atividade econômica, no investimento e no consumo”, afirmou.

“A gente pode deixar de aproveitar um horizonte benéfico que está se formando se não tivermos uma boa política econômica voltada ao combate da pandemia no curto prazo. Auxílio emergencial é importante, mas sem vacinação ele não vai adiantar muito”, afirmou Pablo Bittencourt. Na opinião do economista, a imunização também vai estimular o crescimento econômico a partir da retomada do setor de serviços.

Bittencourt considera inevitável a elevação da taxa de juros pelo Banco Central, pois a inflação continuará com tendência de alta, por causa dos índices acumulados ao longo de 2020. Diferentemente de outros economistas que especulam uma elevação maior, Pablo Bittencourt entende que a taxa de juros venha a ficar próxima de 3% ou 4% no final do ano. 
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