18/04/2024 às 00h00min - Atualizada em 18/04/2024 às 00h00min

São José distribui cordão de girassol para pessoas com deficiências não visíveis

Prefeitura de São José
Edna Regina da Silva, de 66 anos, foi uma das primeiras cidadãs a receber em São José o cordão girassol e a carteira de identificação de pessoas com deficiência não visível. 

Ela seguiu as recomendações dos agentes de saúde de São José. Foi até o Centro de Atenção ao Cidadão (CAC), solicitou a carteira e foi chamada na Policlínica de Campinas, para receber o cordão e a carteira de identificação. 

A posse do cartão garante os direitos das pessoas com deficiência e também, promove a compreensão da população neurotípica. 

Aos 66 anos, ela conta que descobriu o diagnóstico do autismo em janeiro deste ano e ainda está processando a informação. Pois na década de 50, ano em que nasceu, não não era um tema discutido e agora que está conseguindo compreender o próprio diagnóstico. 

“Essa carteirinha está mostrando pra mim que eu tenho uma deficiência e o mundo também vai saber, vendo o cordão no meu pescoço. Então, preciso trabalhar a minha mente, para não pensar no julgamento dos outros neurotípicos e buscar os meus direitos”, explica. 

 Compreensão

Para Janaína Henrique, psicóloga do  Centro de Estimulação e Reabilitação em Transtorno do Espectro Autista de São José (Certea), pessoas com TEA, dentro da particularidade de cada um, podem ser muito sensíveis a estímulos do ambiente, como barulhos. Nesse sentido, o cordão de girassol vem para facilitar a vida dos usuários. 

“Tendo o uso do cordão, as pessoas podem perceber que ali tem uma alguém que tem as suas particularidades e, sabendo dessa informação podem sim acolher ao invés de ficar ou tomando atitudes ou fazendo comentários que sejam inadequados”, explica a especialista. 

A especialista acredita também que o uso do cordão vai estimular as pessoas que não estão dentro do espectro a conhecer e pesquisar sobre o tema, colaborando para a compreensão e inserção na sociedade. 

Acesso ao cordão

Os interessados devem levar ao Centro de Atendimento ao Cidadão (CAC), localizado no térreo da Prefeitura de São José, atestado médico atualizado emitido até seis meses antes da solicitação, certidão de nascimento ou documento de identidade com foto e CPF, comprovante de residência emitido há no máximo dois meses, fotografia recente 3×4 cm e informações de contato de emergência, como telefones e e-mail.

A documentação será entregue à Secretaria de Saúde para análise. Caso o pedido seja aprovado, a carteira e cordão serão entregues em até 30 dias. A carteira de identificação tem validade de cinco anos e deve ser revalidada com o mesmo número.

Conforme a diretora da Diretoria de Atenção Especializada, Scheila Monteiro, o fornecimento do cordão de girassol e da carteirinha para pessoas com doenças invisíveis representa um passo importante na construção de uma sociedade mais inclusiva.

“Os municípios não apenas promovem o acesso a direitos e benefícios, mas também contribuem para a criação de um ambiente mais acolhedor e solidário para todos”, declarou.

Doenças Invisíveis

De acordo com o decreto, são consideradas doenças não visíveis: Transtorno do Déficit de Atenção  Hiperatividade (TDAH); Transtorno do Espectro Autista (TEA); doenças autoimunes; doenças neurológicas que comprometem o processo cognitivo; Esclerose Múltipla; doença de Crohn; esclerose Lateral Amiotrófica (ELA); Síndrome de Tourette; surdez; Esquizofrenia; Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS/HIV); Alzheimer, alergias graves; cegueira binocular ou monocular; Doença de Paget; Fibromialgia; Insuficiência renal e Hanseníase. A fibromialgia, doença autoimune, também é um exemplo de deficiência não visível que a iniciativa compreende.
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