03/11/2023 às 00h00min - Atualizada em 03/11/2023 às 00h00min

ETE Insular promete tratamento avançado de esgoto em Florianópolis

Acervo / Casan
As obras de ampliação e modernização da Estação de Tratamento de Esgoto Insular vão garantir um tratamento avançado de esgoto coletado na região Central e na Bacia do Itacorubi. Isso porque a tecnologia de tratamento da ETE Insular vai passar por uma adaptação, com a substituição do modelo atual, lodos ativados por aeração prolongada, pelo sistema de reator de biofilme de leito móvel – um método mais eficiente e que trará maior economia energética para a operação.

A unidade também passará a funcionar com tratamento terciário, que vai garantir a eliminação de poluentes específicos como nitrogênio e fósforo, assim como desinfecção por cloro gás. Com a adição de uma etapa complementar de depuração, será produzido um efluente final tratado com maior qualidade ambiental e com indicadores melhores do que padrões exigidos pela legislação ambiental.

Para garantir esse avanço, as obras prosseguem com a concretagem de novas estruturas de tratamento. Em outubro, a Companhia realizou a concretagem da laje de fundo do novo tanque aerador, a maior desde o início das obras na ETE Insular, utilizando cerca de 650m³ de concreto. O tanque é a maior estrutura entre as 13 que estão sendo construídas para ampliação e modernização da ETE, com aproximadamente 2.048m² de área ocupada. Além de contar com avanços na tecnologia de tratamento, a ETE Insular terá sua capacidade de depuração ampliada em mais de duas vezes, chegando a 612L/s na vazão máxima.

Localizada no aterro da Baía Sul, próximo aos contornos de acesso das pontes Pedro Ivo e Colombo Salles, a unidade atende a região central de Florianópolis e as bacias da Agronômica, Trindade, Carvoeira, Pantanal, Saco dos Limões, Costeira do Pirajubaé e parte do Córrego Grande. Com a ampliação, passará a beneficiar nova área do Córrego Grande e Morro da Lagoa. Será também colocada em operação toda a rede de coleta já assentada na Bacia do Itacorubi.

Com investimento superior a R$190 milhões, financiado pela Agência Internacional de Cooperação do Japão (JICA), a ampliação e modernização da ETE vai beneficiar cerca de 225 mil habitantes de Florianópolis, além de turistas que visitam a Capital.

Funcionamento do MBBR

O processo MBBR (reator biológico de leito móvel, tradução de Moving Bed Bio Reactor) utiliza anéis de plástico para criar um biofilme. Esse biofilme serve para a adesão dos microrganismos que se alimentam do esgoto e realizam a sua depuração. A maior adesão possibilita também maior decomposição da matéria orgânica.

Os anéis são depositados nos chamados tanques de aeração e submetidos à agitação constante por um sistema com injeção de oxigênio, o que permite a multiplicação dos microrganismos e a aceleração do processo de tratamento. Ao sistema MBBR  também é adicionada uma estrutura de tratamento de gases com filtro biológico, que previne a emissão de odores.

Maior desempenho na temporada

A multiplicação dos microrganismos é responsável pela maior eficiência na decomposição de matéria orgânica e nutrientes. O processo permite o recebimento de maior volume de efluente para tratamento e também maior suporte para variações nas vazões em meses de pico, como os de alta temporada.
 
Mais econômico que o tradicional

No processo não há formação de lodos ativados, que são flocos formados como resultado do consumo da matéria orgânica biodegradável pelos microrganismos. Isso permite maior eficiência e economia de energia elétrica para a operação do sistema.
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