17/08/2023 às 00h00min - Atualizada em 17/08/2023 às 00h00min

Florianópolis recebe a Caravana da Juventude Negra na próxima semana

Divulgação/ Governo Federal
Florianópolis recebe nas próximas segunda e terça-feira, dias 21 e 22, a Caravana da Juventude Negra, uma caravana participativa que está percorrendo todas as capitais do país para a elaboração do Plano Juventude Negra Viva (PJNV), cujo foco é reduzir a morte de jovens negros no Brasil. O encontro será na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e representantes de movimentos sociais e da juventude estão convidados a dar suas contribuições.

Coordenada pelo Ministério da Igualdade Racial e pela Secretaria-Geral, a caravana tem como objetivo formular políticas públicas de enfrentamento à violência contra a população jovem e negra. Durante os encontros, os participantes podem dar sugestões para a elaboração do PJNV, que deverá ser lançado em novembro deste ano.

Em Santa Catarina, a Secretaria de Estado da Assistência Social, Mulher e Família apoia a iniciativa, principalmente com a divulgação e convite da juventude para participação na Caravana, além de auxílio na organização do evento. De acordo com a gerente de Políticas para Igualdade Racial e Migrantes da SAS, Regina Suenes, esse é o primeiro momento de articulação para a promoção de políticas públicas efetivas. “A juventude negra, pela primeira vez, poderá discutir a situação e apresentar propostas de acordo com sua realidade”, disse.

No plano serão discutidos eixos de várias áreas como segurança pública e acesso à justiça; geração de trabalho, emprego e renda; educação; democratização do acesso à cultura e à ciência e tecnologia; promoção da saúde e garantia do direito à cidade e a participação dos jovens negros nesse debate dando sua contribuição é fundamental.

No lançamento da Caravana, no Ceará, o secretário Nacional de Juventude, Ronald dos Santos, destacou que ela tem a premissa de ouvir as demandas mais urgentes da juventude negra. “A completude da abolição, até hoje não conquistada plenamente, se dá com a garantia de direitos fundamentais para a população negra, sobretudo o mais elementar que é o direito à vida. E é nesta premissa que abrimos a escuta para que o Plano seja de fato participativo e que atenda as demandas mais urgentes para a juventude negra”, completou.

Um dos principais focos do plano é a redução da letalidade entre jovens negros de todo o Brasil. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2021, pessoas negras representaram 77,6% das vítimas de homicídio doloso. Levantamento feito pelo Instituto Sou da Paz, entre 2012 e 2019, demonstrou que a taxa de mortalidade por homicídio de jovens negros foi 6,5 vezes maior que a taxa nacional. 
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