14/07/2022 às 00h00min - Atualizada em 14/07/2022 às 00h00min

Pesquisadores da UFSC estimulam engajamento social na Câmara Judicial de Proteção da Lagoa

Da Redação
Divulgação
Pesquisadores ligados ao Grupo de Pesquisa Direito Ambiental e Ecologia Política na Sociedade de Risco (GPDA/UFSC) estão convocando entidades da sociedade civil organizada a integrarem a Câmara Judicial de Proteção da Lagoa da Conceição (CJ-PLC). A Câmara foi criada pela Justiça Federal no âmbito da Ação Civil Pública nº 5012843-56.2021.4.04.7200, promovida pelo GPDA em nome da ONG Costa Legal; Associação Florianopolitana das Entidades Comunitárias (Ufeco); Associação Pachamama e Associação Nacional dos Atingidos por Barragens (Anab). Laboratórios técnicos e grupos de pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) também foram convocados a integrar a Câmara Judicial.A instalação da Câmara Judicial foi recentemente confirmada pelo Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF4). Ela tinha sido criada liminarmente em junho de 2021 pelo juízo da 6ª Vara Federal de Florianópolis, “com a finalidade de assessorar este Juízo na adoção de medidas estruturais necessárias para garantir a integridade ecológica do ente natural através de uma governança judicial socioecológica”, escreveu na sentença o juiz Marcelo Krás Borges.

A decisão do TRF4 estabelece que a CJ-PLC será formada por 22 membros, sendo dez representantes de órgãos governamentais da administração pública federal, estadual e municipal – incluindo os réus na ação -, e também dez representantes da sociedade civil organizada. Neste último grupo estão as entidades autoras da ação civil pública e a comunidade acadêmica, representada por laboratórios e grupos de pesquisa da UFSC.

A Justiça federal também lançou um edital para seleção de representantes da sociedade civil que integrarão a Câmara Judicial de Proteção da Lagoa da Conceição (CJ-PLC). Ele tem o objetivo de selecionar uma entidade representante de moradores; uma entidade representante de pescadores; uma entidade de defesa do meio ambiente; uma entidade representante de populações tradicionais e uma entidade representante do segmento empresarial local (veja informações abaixo).

“A Câmara Judicial da Lagoa, com participação plural, nos dará uma oportunidade de construir a tomada de decisão ouvindo os principais atores, dentro de um engajamento civil verdadeiro, tendo como objeto central a restauração e recuperação deste bem ecológico, voltando a prestar serviços ecológicos sistêmicos”, afirma o professor José Rubens Morato Leite, coordenador do GPDA. As atribuições da CJ incluem responder questionamentos do Juízo, podendo elaborar relatórios e critérios técnicos, além de programa de ações de prevenção e recuperação do ecossistema da Lagoa da Conceição.

O professor Morato Leite e o pesquisador Humberto Francisco Campos Filpi elaboraram um artigo em que explicam como deverá funcionar a Câmara, cujo regimento interno prevê reuniões periódicas e realização de audiências públicas, “para promover o engajamento e ampla participação da sociedade civil na elaboração e aprovação do Plano Judicial de Proteção da Lagoa da Conceição (PJ-PLC)”, diz o texto do artigo.
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