Lobo-marinho encontrado debilitado morre em Florianópolis

Um lobo-marinho sub-antártico (Arctocephalus tropicalis) foi resgatado bastante debilitado na manhã da terça-feira (25), na praia do Santinho, em Florianópolis (SC). O #lobo foi encontrado por uma turista que andava pela praia e acionou a equipe de resgate da R3 Animal.

Segundo a médica veterinária Janaina Rocha Lorenço, que atendeu a ocorrência no Centro de Pesquisa, Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos (CePRAM/ R3 Animal), trata-se de um lobo-marinho macho com lesões na pálpebra esquerda, boca e língua, além de apresentar alteração respiratória indicando provável pneumonia. Não apresentou febre, e os batimentos cardíacos foram considerados normais.

O lobo-marinho recebeu soro, com medicações para reabilitação. No entanto, após algumas horas, o animal faleceu. As causas serão avaliadas pela necropsia. Pelas características, trata-se de um lobo juvenil, recém desmamado.

Homem se arrisca ao arrastar lobo-marinho

A técnica da R3 Animal Paula Azevedo Figueiredo, juntamente com a monitora Jéssica Buzatto, chegaram ao local do resgate e, segundo elas, devido ao dia nublado e com vento forte, a praia estava vazia. Mesmo assim, um homem já havia arrastado até a areia o animal que estava inicialmente na água, na faixa da maré.

“O lobo-marinho estava bem parado, dando a impressão de cansaço extremo, um tanto apático”, diz Paula Azevedo. “Quando chegamos estava a acionante e mais duas pessoas. Nós então pedimos para se afastarem um pouco”, diz Jéssica, ao ressaltar que animais selvagens podem morder e mesmo portar doenças transmissíveis a humanos. A recomendação é que ao encontrar animal selvagem deixe-o isolado, e chame o resgate. O telefone para acionamentos em #Florianópolis é o 0800 642 3341.

Características

O lobo-marinho-antártico é encontrado nas ilhas sub-antárticas, especialmente Ilhas Gough, Príncipe Edward e Amsterdam. Machos podem chegar a 1,8 metros e pesar até 165 quilos, possuem coloração marrom escuro no dorso e creme no pescoço e ventre, além de possuírem um “topete”. As fêmeas têm coloração semelhante aos machos, porém com as marcas faciais menos definidas.