No quarto trimestre de 2023, as cidades pesquisadas continuaram mostrando elevado nível de famílias endividadas, de inadimplentes e até mesmo de famílias que não teriam condições de pagar suas dívidas. Per si, tais dados requerem atenção das autoridades, já que conforme observado nos relatórios mensais, anteriormente, desde o ano de 2022 que há um movimento de escalada dessas taxas tanto no cenário estadual quanto no nacional.
No geral, a dinâmica do endivimento das famílias catarinenses vinha apresentando tendência de crescimento ao longo do ano, mas no último trimestre houve arrefecimento. Em todas as cidades pesquisadas, o percentual de famílias endividadas recuou, sendo o mais expressivo o de Criciúma (-7,6%) e o menos o de Florianópolis (-0,4%). Boa parte desse movimento pode estar associado ao desempenho do mercado formal de trabalho no estado, pois, mais de 101 mil novas vagas foram adicionadas entre janeiro e novembro de 2023.
QUEDA.
Por outro lado, em janeiro de 2024, a pesquisa mensal de endividamento e inadimplência do consumidor para Santa Catarina (PEIC) aponta redução dos três principais indicadores no estado. Após crescer por quarto mês consecutivo, o percentual de famílias catarinenses endividadas caiu -2,4% e registrou os 78,1%. O nível é próximo ao de outubro de 2023 (78,5%) e, em termos de pontos percentuais, representa um decréscimo de -1,9 (p.p.).
A taxa de inadimplência expressa o percentual de famílias que apresenta alguma dívida em aberto. O indicador segue em queda pelo terceiro mês seguido com a redução de -6,2%. em janeiro, o que levou o percentual de inadimpentes em Santa Catarina à marca dos 25,2%. No entanto, embora este seja o menor patamar dos últimos dez meses, ele ainda é bastante elevado e requer atenção. Em pontos percentuais, mostra-se 4,9 p.p. aquém do pico observado em outubro (30,1%), além de estar 6,1 p.p. abaixo no recorde da série (31,3% em junho de 2023).