31/08/2021 às 08h20min - Atualizada em 31/08/2021 às 08h20min

​Londrina promete levar caso Celsinho à Justiça; Brusque corre risco de punição no STJD em caso de condenação

Marcos Eduardo Carvalho
Divulgação
A acusação de racismo do lateral Celsinho, do Londrina, contra um dirigente do Brusque, no intervalo da partida de sábado (28), no estádio Augusto Bauer, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B, poderá gerar punições ao time catarinense.

Isso porque o atleta do time paranaense já disse que a situação não ficaria impune e, agora, o próprio clube emitiu um manifesto nas redes sociais onde disse que “tomará as medidas cabíveis contra a equipe catarinense e o responsável pelo ato, principalmente, nas esferas criminal, cível e desportiva, tendo em vista que há o amparo legal perante o Judiciário Brasileiro e a Justiça Desportiva para punir atos repugnantes como este, a fim de não serem mais praticados!”

A ofensa foi relatada na súmula pelo árbitro da partida, onde o dirigente do Brusque teria dito ao atleta: “‘vai cortar esse cabelo seu cachopa de abelha”.

Depois o jogo, Celsinho disse ainda que foi chamado de ‘macaco’, pelo dirigente do time catarinense.

Inicialmente, o Brusque emitiu um comunicado, preparado pelo departamento jurídico do clube, onde desmente o atleta e diz que ele já havia se envolvido em casos anteriores.

Mas, com uma repercussão altamente negativa, o Quadricolor emitiu outra nota no dia seguinte, se desculpando com o atleta do Londrina.

“Nosso Clube sempre foi e será contra qualquer tipo de diferença ideológica, crença, raça ou gênero, possuímos uma história constituída pela responsabilidade, respeito, transparência e muito trabalho. Esperamos que entendam esse momento infeliz que estamos vivendo, cabe a nós, humildemente reconhecer o erro da nota anterior e pedir desculpas mais uma vez ao atleta Celsinho e a compreensão de todos. O Brusque FC tomará todas as medidas cabíveis diante do ocorrido e vai apurar os fatos”, diz um trecho da nota.

PUNIÇÃO.

Agora, o clube catarinense, se for punido pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça de Desportiva), poder ser penalizado no artigo 243-G, que fala sobre “praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”.

Assim, além da suspensão do evolvido, que poderá chegar a 360 dias, clube também pode receber uma multa que, no valor máximo, chegaria a R$ 100 mil.

Além disso, ainda existe o risco da perda de pontos e até do mando de campo.
Atualmente, o Brusque está em 13º lugar, com 26 pontos, apenas cinco à frente da zona de rebaixamento.
 
 
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