24/08/2021 às 09h01min - Atualizada em 24/08/2021 às 09h01min

Palhoça retoma as aulas de ginástica rítmica

Da Redação
Divulgação
A equipe brasileira de ginástica rítmica terminou sua participação nos Jogos Olímpicos de Tóquio na 12ª colocação. O quinteto brasileiro, formado por Beatriz Linhares, Déborah Medrado, Duda Arakari, Geovanna Santos e Nicole Pircio, estreava em Olimpíada e já faz planos para Paris, em 2024. O simples fato de participar dos Jogos já é um sonho para muitas meninas que praticam o esporte no país.

Um sonho que também pode ser realizado em Palhoça, quem sabe, no futuro. Atualmente, a modalidade faz parte do programa Palhoça Esportiva, que desenvolve várias modalidades de esporte, tanto no aspecto de inclusão social quanto no alto rendimento. “Nós iniciamos o projeto de ginástica rítmica no começo do ano passado. O projeto funcionava na Pedra Branca, mas com a pandemia, nós acabamos perdendo a parceria que nós tínhamos, e agora estamos reabrindo as aulas no colégio Caic, no Passa Vinte”, comemora o presidente da Fundação Municipal de Esporte e Cultura (FMEC), José Virgílio Junior (Secco).

A ginástica rítmica é um esporte que combina fundamentos e habilidades da ginástica, do balé, da dança e do manejo dos aparelhos: o arco (popularmente conhecido como “bambolê”), a bola, a corda, a fita e as maças (que lembram um pouco os malabares circenses). “Ensinamos todos esses conteúdos para formar uma ginasta”, explica a professora Marília Mattos do Amaral.

As aulas de ginástica rítmica exploram os dois aspectos: o lúdico e o competitivo. “É lúdico, pois quando falamos de crianças, precisamos trabalhar os objetivos das aulas com ludicidade, mas também é pré-desportivo, logo, visa, também, ao alto rendimento”, explica a professora.

As competições oficiais, por enquanto, ainda são somente para as meninas. Marília conta que qualquer menina que tenha interesse pode praticar o esporte. “Temos um intervalo de idade onde há maior sensibilidade para o aprendizado da ginástica, que é entre os 3 e os 12 anos. No projeto desenvolvido pela Fundação Municipal de Esporte e Cultura de Palhoça, atendemos crianças de 5 a 13 anos, dividindo as aulas por idades e níveis”, relata.

A professora explica que a ginástica rítmica ajuda a desenvolver a flexibilidade, a força, a coordenação motora, a expressão, a autoconfiança, a disciplina e também o vínculo de amizades. Além disso, pode formar atletas e, quem sabe, futuros representantes do Brasil em Jogos Olímpicos. E considerando que Beatriz Linhares, uma das integrantes da Seleção Brasileira em Tóquio, é de Florianópolis e foi revelada pela Adiee/Udesc em um projeto público dentro do Instituto Estadual de Educação (IEE), semelhante à proposta que Palhoça está desenvolvendo, a formação de uma atleta olímpica no município é uma possibilidade real e com boas chances de ser concretizada.

A ginástica rítmica brasileira disputa competições olímpicas desde a estreia da modalidade, em Los Angeles, em 1984. Em 2000, em Sidney, foi registrado o melhor desempenho do país, com o oitavo lugar. “Estamos no caminho de alcançar melhores resultados, principalmente graças a projetos públicos que popularizam e levam este esporte lindo a todos e permitem que possamos encontrar novos talentos”, destaca a professora, que se apaixonou à primeira vista pela modalidade e nunca mais conseguiu viver sem ela.

Foi aos 19 anos, quando cursava Educação Física na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e fez uma visita de estudos ao Instituto Estadual de Educação, com a professora Maria Helena Kraeski. “Meu mundo foi abalado por este esporte, até que de tanto insistir, eu consegui um estágio na equipe de Florianópolis e de lá até hoje já são 11 anos vivendo de ginástica rítmica”, relata a professora, que hoje trabalha com a modalidade nos municípios de Palhoça e Biguaçu.

“Para nós, como gestores, é uma satisfação muito grande poder oferecer à nossa população um leque cada vez maior de esportes dentro do nosso programa Palhoça Esportiva, que é um projeto exemplar, porque consegue unir o aspecto da inclusão social, que é importantíssimo no esporte, com a questão da competitividade, com a formação de atletas, o que muito nos orgulha”, diz o prefeito de Palhoça, Eduardo Freccia.
Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Manezinho News Publicidade 1200x90
Contato pelo whatsapp...
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp