30/10/2020 às 13h24min - Atualizada em 30/10/2020 às 13h24min

Desembargadora Rosane Wolff é sorteada para ser a relatora do 2º tribunal do impeachment contra Carlos Moisés

Da Redação
Bruno Collaço / AGÊNCIA AL
A desembargadora Rosane Portella Wolff foi sorteada para ser a relatora do Tribunal Especial de Julgamento referente ao segundo pedido de impeachment contra o governador afastado Carlos Moisés da Silva (PSL) no caso dos respiradores e do hospital de campanha de Itajaí. O sorteio ocorreu na manhã desta sexta-feira (30), na sessão de instalação do tribunal, realizada no plenário da Assembleia Legislativa.

Rosane terá até o dia 12 de novembro para entregar o parecer, no qual recomendará o acatamento ou o arquivamento da denúncia contra Moisés. De acordo com o juiz auxiliar da Presidência do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), Cláudio Eduardo Regis de Figueiredo e Silva, a expectativa é que a votação desse parecer ocorra na segunda quinzena de novembro.

Roteiro
Na abertura da sessão desta sexta, o presidente do tribunal, desembargador Ricardo Roesler, reiterou o ineditismo do momento, com a instauração de dois processos de impeachment contra um governador de Estado, algo que nunca havia ocorrido no Brasil, desde a redemocratização.

"A partir de agora, a despeito de suas orientações políticas e ideológicas, todos nós atuaremos como juízes", afirmou o presidente. "E juízes podem ter um só medo: ou o medo de ter medo ou o medo de faltar com o seu dever", completou, lembrando que os julgadores devem "observar a Constituição da República e a legislação vigente" na elaboração de seus votos.

O presidente do tribunal apresentou o roteiro de julgamento aos integrantes. Ele ressaltou que o rito é o mesmo do primeiro tribunal, com as adaptações necessárias para o segundo pedido de impeachment.  Uma das únicas mudanças é a possibilidade da realização das sessões às segundas, e não apenas às sextas, como ocorre com o primeiro tribunal. Tal alteração foi necessária para conciliar os trabalhos dos dois tribunais.

O segundo pedido de impeachment contra o governador foi apresentado em 10 de agosto por 16 pessoas. Conforme a representação, Moisés teria cometido crime de responsabilidade na compra dos 200 respiradores mecânicos que foram pagos antecipadamente, mas não foram entregues; ao prestar informações falsas à CPI dos Respiradores; no processo de contratação do hospital de campanha de Itajaí; e ao não adotar procedimentos administrativos contra os ex-secretários de Estado Helton Zeferino e Douglas Borba.

Os autores da denúncia também pediram o impeachment da vice-governadora Daniela Reinehr (sem partido), mas o caso dela foi arquivado, ainda na comissão especial da Alesc, por falta de provas.
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