22/07/2021 às 00h00min - Atualizada em 22/07/2021 às 00h00min

​Escolas da rede municipal de São José apostam na compostagem

Da Redação
Divulgação Secom/PMSJ
A Compostagem é a ação de transformar os resíduos orgânicos em um composto muito rico em nutrientes. Esses resíduos são os restos de comida, cascas de frutas, verduras, legumes, borra de café, ervas, grãos, entre outros biodegradáveis. O composto, que surge nesse sistema, pode ser usado como adubo para hortas, jardins, vasos de plantas e enriquecimento de solos. Estima-se que mais de 60% de todo o lixo gerado no Brasil seja de resíduos orgânicos.

Em São José, o Centro Educacional Municipal (CEM) Santa Terezinha e o CEM Flávia Scarpelli Leite – Escola do Mar estão, desde 2020, com a execução de um Projeto, apoiado pelo instituto MRV em parceria com o Cepagro (Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo). 

O objetivo é trabalhar a horta de forma educativa e transdisciplinar, apoiada em três eixos: gestão de resíduos e compostagem, a horta agroecológica e alimentação saudável.

A Agrônoma e coordenadora da ação nas escolas, Karina De Lorenzi, ressalta que o Projeto agroecológico “Educando e Transformando com a Horta” foi iniciado em 2020, de forma online, com videoaulas. “Já em 2021 retomamos as atividades presencialmente, colocando o projeto em prática com os alunos em sala de aula. Nesse processo surgiu a edição de um vídeo no CEM Santa Terezinha sobre “Nossa História Alimentar – Forquilhas”, contada por antigos moradores que viram o bairro se transformar ao longo dos anos. A próxima etapa será realizada na comunidade onde está inserida a Escola do Mar”.

Com o retorno às aulas presenciais, os alunos dos 5º e 6º anos do CEM Santa Terezinha percorreram todas as salas, para explicar aos colegas sobre a gestão de resíduos orgânicos e a compostagem, desde a separação do que vai para os reservatórios, como todo o processo da compostagem até se transformar em adubo, o qual será utilizado na horta da escola.  “Na sala dos professores, no refeitório e na cozinha foram colocados galões para o recolhimento dos resíduos e a caixa de compostagem, se localiza no pátio atrás da unidade, organizada e cuidada por eles. Como há mais demanda trazida pelos pais, estamos pensando em fazer uma composteira maior, até porque o espaço que temos aqui é muito bom”, relatou Karina.

O Supervisor Escolar Cassiano Uberti explica que o planejamento é realizado semanalmente e envolve quatro professoras: Fabiana dos Santos e Clarisse da Luz Nascimento dos 5º anos e Dionia Eli Dorneles e Ana Paula e Silva dos 6º anos. “Desde o ano passado, por meio de videoaulas, os alunos fizeram composteiras em casa. Percebemos que a educação para a separação adequada dos resíduos, com o tempo, vai fazendo sentido, vamos internalizando o processo, que aos poucos se torna parte do cotidiano. Quando percebemos, a nossa produção de lixo em casa é praticamente zero, pois os resíduos orgânicos irão para a compostagem e o reciclável, com a reutilização das embalagens, que devem ser lavadas e secas”.

Para a professora dos 5º anos, Fabiana dos Santos, o projeto é integrador. “Os estudantes estão animados com as aulas diferentes, que envolvem, inclusive, suas famílias nesse aprendizado, cobrando sua aplicabilidade, pois elas percebem que com engajamento é o melhor caminho, para cuidar do meio ambiente. Essas aulas contemplam as ciências humanas e naturais, que despertam para a curiosidade, gerando muitas perguntas, nos levando a conversas sobre vários conteúdos”.

A proposta vai agregando pessoas, movimentando a escola na multidisciplinaridade, considera ainda Karina. “A compostagem é “ouro”, ela é alimento para as plantas. A horta, de forma educativa e produtiva faz surgir também um olhar para a importância do agricultor, para os cuidados com o meio ambiente. A Escola inserida no Horto Florestal de São José, que é uma área de preservação permanente, nos avisa que precisamos aprender a cuidar do solo, das plantas, e entender que o ser humano é parte do meio ambiente, somos uma coisa só, tudo está interligado”, assinala.

Karina complementa: “Cuidar da natureza faz parte do cuidado que devo ter comigo mesma usando a agroecologia em benefício de todos nós. A agroecologia gera trabalho e sistemas alimentares, que ao estudarmos entendemos a origem dos alimentos, de onde vem, o que podemos consumir e o que não é saudável. Que os restos podem voltar para a horta como adubo e nem tudo vira lixo, então o meu lixo diminui, em um ciclo sustentável”.

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