20/07/2021 às 00h00min - Atualizada em 20/07/2021 às 00h00min

​Florianópolis já teve nove baleias-jubarte mortas em 2021, diz associação

Da Redação
Nilson Coelho/R3 Animal
A baleia-jubarte avistada boiando morta na tarde de sexta-feira, 16, que encalhou na Praia Mole, em Florianópolis, foi a nona morte do mamífero na Capital este ano e a 26ª em todo o estado, de acordo com dados da Associação R3 Animal, que faz parte do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos.

De acordo com o grupo, a baleia passou pelo exame necroscópico e foi enterrada na praia, na manhã deste sábado, 17. Devido ao avançado estágio de decomposição, não foi possível identificar a possível causa da morte.

O mamífero marinho era uma fêmea juvenil, media 9 metros de comprimento e tinha entre 2 e 3 anos de idade. Segundo a presidente da R3 Animal e coordenadora do PMP-BS/Florianópolis, a médica veterinária Cristiane Kolesnikovas, não foram encontrados sinais de interação com petrechos de pesca.

Além da equipe de técnicos, biólogos e veterinários da R3 Animal/PMP-BS, a operação para o exame necroscópico e o enterro contou com a colaboração de voluntários, da Polícia Militar Ambiental e da Intendência da Prefeitura de Florianópolis da Lagoa da Conceição, que cedeu uma máquina retroescavadeira.

MIGRAÇÃO ANUAL.

"Este ano estamos com uma grande ocorrência de baleias-jubarte no litoral de Santa Catarina. Infelizmente, 26 indivíduos foram avistados mortos no estado, nove deles em Florianópolis, sendo cinco deles com interação com petrechos de pesca. Segundo registros do Projeto Baleia Jubarte, essa é a 71ª baleia-jubarte morta no país em 2021", disse a entidade nas redes sociais.

As baleias-jubarte migram para o litoral brasileiro para se reproduzir, mas a principal área de concentração é o Banco dos Abrolhos, uma extensão da plataforma continental localizada no sul da Bahia e norte do Espírito Santo. 

Elas podem atingir cerca de 16 metros de comprimento e pesar entre 35 a 40 toneladas. Se alimentam basicamente de pequenos crustáceos chamados de krills, filtrando água através das barbatanas (placas de queratina que descem do céu da boca).
Ao avistar uma baleia viva nadando em nosso litoral é importante que as embarcações sigam a legislação e mantenham uma distância mínima de 100 metros do animal, evitando interromper o deslocamento das baleias. 
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