04/04/2024 às 14h06min - Atualizada em 07/04/2024 às 11h44min

Selic chega ao menor patamar em dois anos

Especialista da Hectare Capital analisa os impactos a médio e longo prazo decorrentes da queda da taxa de juros

DINO


Em sua segunda reunião do ano, realizada no início de março, o Comitê de Política Monetária (COPOM) votou de forma unânime por mais uma redução na taxa Selic, juros básicos da economia, que chegou a 10,75% ao ano, menor patamar registrado desde fevereiro de 2022. Antes do início do atual ciclo de queda, em agosto de 2023, a taxa estava em 13,75% ao ano. Para o fim de 2024, a expectativa do mercado é que a taxa básica de juros chegue a 9% ao ano.

Principal instrumento de controle da inflação, a Selic afeta o mercado como um todo. Com a redução da taxa, o crédito fica mais barato, impactando o consumo, o acesso ao crédito por parte de pessoas físicas e jurídicas e os indicadores econômicos. Na construção civil, por exemplo, incorporadoras já preveem um aumento de lançamentos para este ano, enquanto o segmento automobilístico também tem estimativa de um maior número de vendas.

Diante desse cenário, é possível que ocorra a migração dos investimentos em renda fixa para os de renda variável, como ações, fundos de índice (ETFs) e fundos imobiliários (FIIs - Fundo de Investimento Imobiliário). “Os fundos imobiliários podem ser uma opção interessante para o investidor interessado em se beneficiar da recuperação do mercado de imóveis, mas sem precisar investir em um bem físico e nem se preocupar com taxas de condomínio e manutenção”, explica Tales Silva, sócio-diretor da Hectare Capital.

Os Fundos Imobiliários são veículos de investimento coletivo no mercado financeiro e têm como principal objetivo a aquisição e gestão de ativos imobiliários. De acordo com boletim da B3, o mercado de FIIs (Fundo de Investimento Imobiliário) encerrou o mês de fevereiro com um total de 2,6 milhões de investidores, crescimento de 4,79% na comparação com janeiro. Já o patrimônio líquido chegou a R$ 248 bilhões.

Em linhas gerais, os fundos se dividem em três categorias:

  • Fundos de tijolo: imóveis físicos, como prédios, galpões, shopping centers e até mesmo hoteis e resorts; 
  • Fundos de papel: títulos imobiliários, como Créditos de Recebíveis Imobiliários (CRIs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) ou Letras Hipotecárias (LHs); 
  • Fundos híbridos: fundos que combinam características dos dois.

Sobre os FIIs (Fundo de Investimento Imobiliário), o executivo acredita que os juros mais baixos deverão valorizar esse tipo de investimento, de renda variável, não apenas porque se tornarão mais atraentes para o investidor em relação aos de renda fixa dos bancos, mas também porque, em um ambiente econômico mais favorável, o número de novos projetos e de emissões de papéis deverá aumentar. “São bons ventos que deverão acelerar o desenvolvimento do mercado”, explica.

Passo a passo para o investidor

O primeiro passo para quem deseja investir em FIIs (Fundo de Investimento Imobiliário), de acordo com o executivo, é abrir uma conta em uma corretora de confiança, transferir recursos para essa conta e escolher os fundos que mais se adequam ao seu perfil. “Qualquer pessoa pode investir em FIIs (Fundo de Investimento Imobiliário), mas é importante pesquisar o perfil de cada tipo de investimento, que precisa estar em linha com os objetivos e preferências do investidor no médio e longo prazos”, reforça Tales.

“Todo FII conta com um regulamento que determina a política de investimento do fundo, garantindo a transparência para o investidor”, destaca Tales. Essa política orienta todas as tomadas de decisão do FII (Fundo de Investimento Imobiliário), como o investimento apenas em imóveis prontos destinados ao aluguel de salas comerciais; imóveis prontos em geral ou em construção, que poderão ser alugados ou vendidos, entre outros. A renda do fundo vem da locação, venda ou arrendamento dos imóveis adquiridos. 

Caso o fundo opte por aplicar em títulos e valores mobiliários, a renda será originada a partir dos rendimentos distribuídos pelos ativos ou pela diferença entre o preço de compra e venda. “Independentemente do formato, em geral, os rendimentos do FII (Fundo de Investimento Imobiliário) são distribuídos periodicamente aos seus cotistas”, conclui o executivo.

Sobre a Hectare Capital

A Hectare Capital atua no mercado de fundos de investimento imobiliário de forma 100% independente, alinhada às práticas do mercado e com o propósito de potencializar negócios junto a empresas dos mais variados setores e com foco no desenvolvimento do turismo brasileiro.

Para saber mais, basta acessar: https://hectarecapital.com.br/

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