Pesquisa sistematiza série histórica sobre balneabilidade e qualidade de água na Lagoa da Conceição

Propor um índice de qualidade ambiental para as nascentes e cursos d’água da Lagoa da Conceição. Além disso, analisar a regularidade da ocupação em relação à legislação ambiental e gerar um série histórica sobre balneabilidade nesse cartão postal de Florianópolis nos últimos 20 anos, com base em dados de sensoriamento remoto e cartografia.

Resultados de um estudo que tem esses e outros desafios serão apresentados neste sábado (21/10), no evento “UFSC com a Lagoa”, na Lagoa da Conceição, em Florianópolis (veja mais baixo). Os estudos contam com recursos de R$ 3,2, financiados pela CASAN, Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e UFSC.

“Já estão sendo gerados, por meio de sensoriamento remoto, análises de turbidez, vegetação aquática e clorofila, que são usados nesta análise da lagoa”, explica o coordenador dos estudos, o professor Roberto Fabris Goerl, do Departamento de Geciências da UFSC.

Entre os resultados já obtidos pela pesquisa está a proposição de um índice de qualidade ambiental para as nascentes e cursos d’água, considerando as suas respectivas Áreas de Preservação Permanente (APPs).

De acordo com as primeiras análises, as APPs de nascente da Bacia da lagoa da Conceição apresentaram, em sua maioria, um bom grau de preservação. Porém o índice de qualidade ambiental ficou mais baixo para áreas mais urbanizados, principalmente em relação a cursos d’água em regiões como a Barra da Lagoa, Canto e Porto da Lagoa.

A pesquisa vai também permitir uma avaliação entre o avanço da ocupação e políticas públicas, como o plano diretor e código florestal, permitindo um panorama dos avanços da área urbana e sua relação com a legislação ambiental.