17/10/2023 às 00h00min - Atualizada em 17/10/2023 às 00h00min

“Sou professor alfabetizador e me orgulho muito”, diz professsor

Arquivo SME
No ensino médio, Joaquim Antônio Gonçalves Neto, o Quinzinho, fez um trabalho para a disciplina de Inglês. A forma pedagógica e didática de apresentar a atividade chamou a atenção do professor Grafite. Tanto que disse para o estudante: “você seria um ótimo teacher!”. 
 
Na família Quinzinho já tinha uma docente, a prima Riet Silva Tenório, que começou a lecionar pela Prefeitura do Rio de Janeiro em 1952, finalizando a sua trajetória de professora de Português em 1992.
 
Aos 18 anos, cabelos compridos, o carioca da gema viajou mais de 1.100 quilômetros para conhecer Florianópolis. O ano era 1979. Queria surfar e aproveitar as belezas naturais da Ilha de Santa Catarina. Acabou se apaixonando pelo lugar.
 
 Fez prova para a Escola Técnica Federal, atual IFSC, e virou morador da cidade desde 1980. Na antiga ETFSC cursou Eletrotécnica, porém, não finalizou essa formação. Canalizou suas energias no vestibular, tornando-se, em 1983, estudante de Pedagogia da Universidade do Estado de Santa Catarina, UDESC.
 
Na Faculdade de Educação, teve como professoras Elisabete Nunes Anderle  e Sueli Gadotti, ambas hoje nomes de unidades educativas da rede municipal de Florianópolis.
  
No ano de 1991 começou a dar aulas nas séries iniciais como professor substituto pela Prefeitura da Capital. Em 1996, por intermédio de concurso público, efetivou-se na rede. 
 
Dentre as unidades nas quais lecionou estão o Núcleo de Educação Infantil  Municipal Luiz Paulo da Silva (Santinho) e as escolas básicas Henrique Veras (Lagoa da Conceição) e Antônio Paschoal Apóstolo (Rio Vermelho).  
 
“Sou professor alfabetizador e me orgulho muito”, diz Quinzinho. “Escolhi esta carreira e não me arrependo da escolha.  Por  onde lecionei fiz amigos e meus alunos hoje são pais e muitos são professores, inclusive da  rede municipal de ensino”.
 
Quinzinho passou pelo pela coordenação da Escola do Mar, ligada à Secretaria Municipal de Educação (SME). O programa promove atividades que contribuem para a sustentabilidade na Ilha de Santa Catarina e seu entorno, através da sensibilização junto a estudantes, professores e comunidade em geral, com ênfase em educação marinha e costeira.
 
Agora, dedica-se  integralmente ao “Jiu-Jitsu na Escola”, da Divisão de Projetos Especiais da SME.  Ele acumula 14 anos de faixa preta pela Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu. 
 
O professor lembra que o projeto começou a ser desenvolvido em 2004, na EBM Henrique Veras, pelos senseis (professores) Jairo e Eduardo Gavião Omatti. No entanto, as atividades se encerraram. 
 
Quinzinho procurou a direção da unidade para retomada do projeto. “No início era na quadra, tinha que montar e desmontar o tatame, com um agravante que a escola estava passando por uma grande reforma”. 
 
Após a conclusão das benfeitorias no prédio pela Prefeitura, o projeto ganhou um espaço específico,  o chamado Dojô, local para treinamento de artes marciais. 
 
“Quem pratica essa arte ganha confiança, autoestima, tem mais equilíbrio emocional, cognição e respeito pela hierarquia.  Isso se transfere para sua vida e para sua conduta dentro e fora da sala de aula”.
 
O  “Jiu-Jitsu Na Escola”, atividade de contraturno,  é realizado pela manhã e à tarde , com   estudantes das escolas básicas municipais Henrique Veras, Retiro da Lagoa e João Francisco Garcez (Canto da Lagoa) . No período da noite,  adultos e adolescentes da comunidade   também participam do projeto. No total, passaram pelo projeto mais de 500 alunos. 
 
Nascido em 30 de março de 1961, Joaquim Antônio Gonçalves Neto em breve deve se aposentar, em julho de 2025. Mas vai continuar a dar aulas de jiu-jitsu. Também quer se dedicar mais à família e, se possível, pegar onda na Joaquina, Barra da Lagoa, Imbituba e Laguna. 

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