09/04/2021 às 00h00min - Atualizada em 09/04/2021 às 00h00min
Covid-19: taxa de letalidade em Palhoça é a menor entre as maiores cidades de SC, diz IBGE
Da Redação
Divulgação Palhoça apresenta a menor taxa de letalidade por complicações provocadas pela Covid-19 entre as 15 maiores cidades de Santa Catarina, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e do painel de casos de Covid-19 do Governo do Estado.
Até a última terça-feira, Palhoça registrou, desde o início da pandemia, 244 óbitos, entre 24.786 infectados. Isso representa uma taxa de letalidade de 0,96%, a menor entre os 15 municípios mais populosos de Santa Catarina. Em Chapecó, por exemplo, o índice é de 1,7%, e em Florianópolis, de 1,14%. A cidade que apresenta o maior índice de letalidade entre os maiores municípios do estado é Itajaí, com 2,24%.
“O alto índice de recuperação de pacientes em Palhoça pode ser explicado pelas ações que a Prefeitura vem desenvolvendo desde o início da pandemia, com o acompanhamento rotineiro dos infectados por parte da Secretaria de Saúde”, reflete o prefeito Eduardo Freccia (PSD).
Desde os primeiros casos, o município articulou uma central de monitoramento para acompanhar a evolução dos pacientes. Neste ano, com o pico de contágio registrado em fevereiro, a Secretaria de Saúde reforçou a estrutura de atenção à doença, criando um centro de referência de atendimento aos pacientes sintomáticos de Covid-19 na Unidade Básica de Saúde (UBS) Central, que já atendeu 3.468 pacientes.
No centro de referência, são realizados agendamentos e testagens em massa (mais de 42 mil testes já foram feitos pelo município desde o início da pandemia), com teste do tipo PCR, para detecção do vírus e prescrição de medicamentos já nos primeiros sintomas. Ainda em 2020, a Secretaria de Saúde expediu norma técnica em relação ao chamado tratamento precoce.
A nota pondera que, em razão da falta de estudos consistentes que comprovem a eficácia de um tratamento específico em nível inicial, não seria prudente estabelecer um protocolo clínico padrão, mas a Secretaria de Saúde concedeu liberdade para cada médico estabelecer o tratamento que julgasse adequado.
O acompanhamento clínico é importante, porque os médicos têm condições de mensurar dosagens, contraindicações e potenciais efeitos colaterais de alguns medicamentos que têm sido utilizados no tratamento precoce.
A nota técnica cita, por exemplo, a utilização da hidroxicloroquina e da ivermectina, como antivirais mais utilizados na fase inicial; com relação aos antibióticos, a preferência tem sido pela azitromicina ou a moxifloxacina; com relação aos corticoides, têm sido mais prescritos a prednisona ou a prednisolona; e também está documentada a opção de utilizar no tratamento anticoagulantes, como a rivaroxabana, a enoxaparina e a warfarina; e como medicações auxiliares, também têm sido recomendadas a ingestão de vitamina D e zinco.