23/03/2021 às 00h00min - Atualizada em 23/03/2021 às 00h00min

Escola de Florianópolis na luta contra o preconceito

Da Redação
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"A escola tem a responsabilidade de promover a cidadania e deve valorizar a diversidade, combatendo todo tipo de preconceito." A colocação é de Simone Carpes, professora da Escola Básica Municipal Maria Tomázia Coelho, no Santinho, Florianópolis.

“Para tanto, buscamos diálogos com nossas estudantes e nossos estudantes, desenvolvendo trabalhos que visam a formação de pessoas não preconceituosas e engajadas na luta pelo respeito à pluralidade”. Para ir ao encontro do tema, estudantes da professora, do 6º ao 9º ano, elaboram projetos, todos os anos.
 
Com as turmas do último ano do ensino fundamental é abordado o projeto “É [apenas] uma questão de gênero!”. O objetivo é fazer com que alunas e alunos percebam o papel da mulher na sociedade, seja nas Ciências ou em outras áreas.

Além de contemplar a questão da misoginia (ódio ou aversão às mulheres), também chama a atenção para questões étnico-raciais, discutindo o racismo e a xenofobia e o quanto isso influencia a vida de determinados grupos humanos.
 
Maria da Ilha 

Em 2019, a Turma 92 escolheu trabalhar com Antonieta de Barros e produziu o vídeo “Maria da Ilha”. Mulher negra, pobre, Antonieta de Barros nasceu em Florianópolis, em 11 de julho de 1901. Concluiu em 1921, a Escola Normal Catarinense.

No ano seguinte, fundou o Curso Particular Antonieta de Barros, dedicado à alfabetização de pessoas carentes.   No atual Instituto Estadual de Educação, entre os anos de 1933 e 1951, foi professora de Português e Literatura, assumindo a direção do estabelecimento de ensino de 1944 a 1951, quando se aposentou.

Tornou-se a primeira deputada estadual negra do país e primeira deputada mulher do estado de Santa Catarina.

Com o pseudônimo de Maria da Ilha, escreveu o livro Farrapos de Ideias, em 1937. Antonieta de Barros faleceu em março de 1952.
 
Colcha de retalho

Com o 6º ano é desenvolvido projeto “Sou feita/o de retalhos!”. Foi idealizado para que alunas e alunos percebam a construção de cada pessoa como um ser único, entendendo a necessidade do respeito à diversidade.

Cada retalho de tecido tem suas características próprias, assim como cada ser humano. Nesse sentido, explica a professora Simone Carpes, cada estudante constrói sua pequena colcha de retalhos, discutindo diferenças e entendendo que ser diferente é a regra, e não a exceção. “E que, independente disso, todas e todos devem ser respeitados sempre”.

O projeto aborda diversos tipos de preconceitos, como racismo, gordofobia, LGBTfobia, tanto no ambiente escolar como fora dele.


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