14/07/2022 às 14h34min - Atualizada em 14/07/2022 às 14h50min

Eletrônicos e outros itens que fazem sucesso na venda de usados, de acordo com a Tray

Entenda o que é recommerce e quais segmentos se destacam nessa empreitada

SALA DA NOTÍCIA Mariana Garcia Costa
Racool_studio



O recommerce, modelo de empresa digital baseado na revenda de produtos usados, vem ganhando tração principalmente entre os mais jovens. É o que indica a pesquisa “Possibilidades para a moda circular no Brasil”, realizada pela Modefica, organização de mídia independente sem fins lucrativos. Além de proporcionar um dinheiro extra com o que não se usa mais, um dos motivos pelos quais esse tipo de negócio se mostra como uma forte tendência é o fato de poder contar com um público engajado com as causas e ideias do reaproveitamento de produtos. A Tray, plataforma de e-commerce integrada com os maiores marketplaces do país, indica esse segmento como uma maneira de potencializar as vendas e conquistar uma nova - e boa - fatia de mercado.

De acordo com dados da NielsenIQ Ebit, 91,7% dos consumidores têm a intenção de continuar comprando online no segundo trimestre de 2022. Essa é a maior projeção para os segundos trimestres desde 2018. Isso significa que o varejo digital já faz parte do dia a dia do consumidor e ele não pretende abandonar esse hábito adquirido durante o período de pandemia.

O comércio reverso, como também é conhecido, também não é uma novidade, já que, desde há muito tempo, livros velhos e roupas usadas contavam com espaços físicos para serem revendidos em locais como sebos e brechós. Contudo, além de sair mais barato ao bolso dos consumidores, o recommerce também está ligado a outra grande tendência do varejo 4.0, o impacto ambiental.

“As pessoas podem cumprir com a sua ideologia de consumo mais consciente e ainda contar com bons produtos que estejam com preços muito mais acessíveis. Temos, por exemplo, como incentivadores desse ideal de desperdício zero, as gerações Y e Z, que são extremamente habituadas a comprar pela internet”, ressalta Thiago Mazeto, CEO da Tray.

O recommerce permite que qualquer item seja comercializado nas principais plataformas online. Não existe uma regra para a revenda de produtos, desde que estejam em bom estado e possam ser aproveitados por outros consumidores.

Ainda, segundo o estudo da NielsenIQ Ebit, os segmentos de Moda, Cosméticos, Acessórios e Perfumaria são os que mais se destacam no e-commerce. Além desses, outros itens ganham valor mesmo quando estão usados. Confira abaixo a lista dos produtos com maior aceitação no mercado de recommerce:

Eletrônicos

Os produtos eletrônicos estão cada vez mais sofisticados e com novas soluções para esse mercado que não para de crescer. Muitos aparelhos, se não todos, são feitos para serem substituídos por novos modelos e com novas funcionalidades. Dessa forma, revender esses itens nos canais digitais é uma boa opção para quem quer iniciar no mundo do recommerce.

Videogames

O mercado dos games movimenta bilhões de dólares anualmente. As tecnologias estão abrindo novas possibilidades todos os dias e, cada vez mais, acessórios para os jogos aparecem e são desejados pelos consumidores desse mercado. Esses também são produtos com alto valor de revenda e que constantemente sofrem com a chegada de novas tecnologias.

Logo, é uma boa opção para quem quer revender produtos, já que os consumidores estão constantemente buscando por novidades e se desapegando dos antigos modelos, que muitas vezes ainda estão em alta para determinada parcela dos consumidores.

Joias

O mercado de luxo está bem posicionado no universo da comercialização online de produtos usados. Afinal, muitas marcas são destinadas para um público com alto poder aquisitivo, deixando uma parcela sem acesso a esses bens.

No entanto, com revenda de determinados produtos, consumidores que antes não tinham acesso a essas mercadorias de luxo, agora podem aproveitar os preços mais competitivos, bem como a possibilidade de comprar produtos que antes só eram encontrados em viagens ao exterior.

Roupas de grife

As roupas de grife são uma das tendências para esse modelo de negócio que mais chamam a atenção. Afinal, esses produtos eram mais comumente adquiridos nas lojas físicas, o que dificultava muito o seu acesso.

Além disso, a reutilização de determinadas marcas é uma novidade, já que a relação com as peças era restrita a um único dono. Contudo, ao considerar os novos comportamentos de compras, hábitos e ideais dos consumidores modernos, a reutilização de roupas de grife se tornou uma tendência bastante rentável para empresas e empreendedores diversos.

“Por contar com um público engajado com as causas ambientais, quem investir nessa modalidade já está vários passos à frente do restante do mercado, pois já estará dialogando com consumidores acostumados à ideia de reutilização de produtos e a compra destes via internet. Por conta disso, minha recomendação é sempre focar na digitalização do empreendimento, ficando alerta às tendências e comportamentos e necessidades do consumidor”, finaliza Mazeto.
Link
Notícias Relacionadas »