30/06/2022 às 15h45min - Atualizada em 01/07/2022 às 00h01min

Process Mining: o que é e como pode ajudar nas tomadas de decisão

Técnica é utilizada para monitorar processos reais e oferecer insights aos gestores

SALA DA NOTÍCIA Maria Teresa Mazetto
Pexels
 

Técnica que tem como principal objetivo descobrir, monitorar e melhorar processos reais. De forma geral, essa é a descrição do Process Mining - ou mineração de processos - tecnologia que vem ganhando destaque entre empresas. Segundo a pesquisa “Tendências em Melhoria de Processos e Execução de Dados”,  realizada pela Forrester Consulting, 61% dos tomadores de decisão vão usar ou estão avaliando o uso da mineração de processos nos próximos 12 meses. Entre os que já adotam a tecnologia, 90% estão confiantes de que atingirão suas metas de melhorias ainda este ano.

 

Relacionando aprendizagem de máquina e mineração de dados, Process Mining oferece insights às empresas por meio da extração de informações de seus sistemas. A partir disso, os processos automaticamente descobertos baseados em dados são comparados com modelos previamente definidos para identificar e diagnosticar ineficiências e problemas. Baseado no que acontece na prática, os insights obtidos são transformados em ações de correção de desvios e ineficiências. O objetivo desse trabalho é oferecer maior confiabilidade à tomada de decisões para implementação de processos novos e mais eficientes. 

 

De acordo com a pesquisa Automação Inteligente - Soluções e Serviços para o Brasil, realizada pela ISG, a mineração de processos se tornará uma valiosa proposta para organizações de saúde, grandes bancos e seguradoras. No país, a startup UpFlux é pioneira na tecnologia. Fundada em 2017, tem sua atuação focada em instituições de saúde - hospitais, centros cirúrgicos, clínicas e operadoras - e, desde 2020, passou a atender indústrias e instituições financeiras.

 

Segundo Alex Meincheim, CEO da UpFlux, o principal diferencial da mineração de processos em relação a outros sistemas inteligentes é a maior disponibilidade e clareza das informações oferecidas para auxiliar na tomada de decisões. 

 

“Há quem confunda o process mining com o BI, por exemplo. A principal diferença entre as duas tecnologias está no nível de análise e resultados que elas produzem, gerando diferentes tipos de insights. O BI tem como objetivo apontar que há problemas em um processo, já a mineração de processos evidencia a causa raiz de ineficiências e os ofensores de tempo e custos e atua em tempo real para correção de desvios e minimização de ineficiências nos processos”, explica.

 

Sobre o Process Mining

 

“Para entender Process Mining, é preciso saber o que queremos dizer quando falamos em processo e em log de eventos”, contextualiza Meincheim. De acordo com o empreendedor, o objetivo de um processo é definir um fluxo de atividade recorrente para que uma tarefa seja concluída de maneira mais eficaz - processo de compras, jornada do paciente, ordem de pagamento são alguns exemplos de processos de negócios. Já um log de eventos é definido por um conjunto de eventos que ocorreram para a execução de um processo. Cada evento se trata de uma atividade específica que ocorreu em um determinado momento do processo e pode ser atribuída a um caso único, isto é, uma instância de processo.

 

Ou seja, para aplicar a tecnologia é preciso transformar os dados de eventos armazenados nos sistemas de informação da empresa em um registro de eventos para trazer insights sobre as operações de negócios. Em seguida, são criadas visualizações automáticas do processo de ponta a ponta, gerando informações precisas e criteriosas sobre as melhorias necessárias de acordo com o que está acontecendo no processo. A partir dessa comparação entre os processos descobertos e os modelos estabelecidos, os gestores recebem notificações para que as equipes responsáveis possam tomar as decisões corretas.

 

“A mineração de processos está pautada em três pilares: descoberta, conformidade e melhoria. São poucas as empresas que sabem verdadeiramente como são seus processos e os acompanham de forma automática. Esse é um problema pois os gestores perdem a capacidade de identificar a causa raiz de problemas, têm dificuldade em eliminar gargalos e a ter uma visão de como investir em infraestrutura tecnológica”, complementa o CEO.


 
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