Intuição. Uma palavra ou um sentimento que não parece se enquadrar muito bem no universo corporativo, mas que foi a ignição para que Ana Tomazelli, executiva com mais de 20 anos de carreira na área de Gestão de Pessoas em grandes empresas, repensasse o seu caminho profissional. Foi a partir da intuição que Ana fundou, em 2019, o Ipefem - Instituto de Pesquisa de Estudos do Feminino e das Existências Múltiplas.
O Ipefem é uma Organização Social, ou, popularmente, uma Organização Não-Governamental (ONG) e tem seu foco voltado à pesquisa e educação em saúde mental. “O que fazemos é, essencialmente, ensinar pessoas a identificar e interromper processos de violência socioemocional internos e externos, seja na família, nos relacionamentos ou no trabalho, com bastante foco no trabalho”, ressalta a fundadora. “O que significa isso? Significa aprender a nomear as violências que não parecem violências, para poder se proteger e ter uma vida mais saudável. Significa aprender a se posicionar, a dizer que determinado comportamento está te incomodando e encontrar caminhos para que as microagressões não se repitam”.
A intuição de Ana tinha muito a ver com seu olhar em relação ao mundo e à sociedade. “Para mim, não bastava apenas ser consciente das desigualdades. Eu sentia que precisava fazer algo concreto, articular ações em prol da igualdade de gênero e da saúde mental nesse âmbito”, conta. “Então, me juntei com mais seis pessoas e criamos o Instituto”.
A diversidade é um tema urgente e necessário, e as Corporações cada vez mais se engajam nessa frente. Além do atendimento às pessoas físicas, o Ipefem também presta serviço para empresas, sempre com foco em saúde mental. “Oferecemos consultorias, treinamentos e pesquisas para empresas de todos os portes, que queiram se aproximar do assunto e tenham como foco a conscientização e diversificação do quadro de colaboradores”, explica Ana. “Até porque, a qualidade da saúde mental de uma pessoa vai ter uma relação direta com o ambiente em que ela vive e quanto tempo a gente passa no trabalho.”
Além de oferecer à sociedade os resultados de suas pesquisas, o Instituto também beneficia, por este mesmo canal, a comunidade participante dos estudos. “Toda vez que a gente faz uma pesquisa no Ipefem, nós viabilizamos algum benefício para as pessoas que respondem. Entre essas devolutivas estão cursos gratuitos, círculos terapêuticos, inclusão em bancos de vagas, e assim por diante”, pontua.
“Somos uma plataforma B2C que atua a partir de três eixos: Pesquisa, Educação e Terapia. Desde a nossa fundação, em julho de 2019, mais de 5.000 pessoas participaram de nossas pesquisas e beneficiamos, diretamente, mais de 3.500 pessoas com atendimento terapêutico e cursos livres focados em gênero e saúde mental”, pontua Ana.
Qualquer pessoa pode fazer o cadastro gratuitamente para ter acesso aos materiais e conteúdos disponíveis na plataforma Comunidade Ipê. Essa foi a forma que o Ipefem encontrou para deixar disponível toda a produção, além da página do Instagram (@ipefem), atendendo ao objetivo social de democratização de um conhecimento que ainda é tão elitizado no país.