01/01/2021 às 09h37min - Atualizada em 01/01/2021 às 09h37min

SC tem 127 mortes de macacos por febre amarela em 2020; 17 pessoas tiveram casos confirmados

Da Redação
Divulgação
Santa Catarina registrou 127 mortes de macacos vítimas da febre amarela ao longo de todo o ano. O último caso confirmado de 2020 foi de um bugio, localizado em Abelardo Luz, oeste do estado, no final de novembro. O número deste ano é muito maior (1.500%) do que o que foi registrado em 2019, quando oito macacos morreram por conta da doença em SC. Os dados foram divulgados esta semana pela Dive-SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina).
 
Com relação aos casos humanos de febre amarela, também houve um aumento de um ano para o outro. Em 2019, dois homens morreram vítimas da doença. Eles eram de Joinville e Itaiópolis. Já nesse ano, 17 casos humanos foram confirmados. Desses, dois acabaram evoluindo para óbito (Camboriú e Indaial).
Segundo a Dive, o período sazonal de transmissão da febre amarela começou e por isso, é preciso que a população se previna. “De dezembro até maio é o período que a circulação do vírus tende a aumentar. Isso porque a doença é transmitida pela picada de mosquitos silvestres infectados e o verão, com o aumento da temperatura, favorece a reprodução desses animais”, explica Renata Gatti, bióloga da DIVE/SC.

VACINA.

A melhor maneira de prevenir a febre amarela é através da vacinação. “Todos os moradores de Santa Catarina a partir dos nove meses de idade devem ser imunizados. A vacina está disponível gratuitamente nos postos de saúde”, explica Lia Quaresma Coimbra, gerente de Imunização da entidade.

O estado é área de recomendação para vacinação desde o segundo semestre de 2018. Mas ainda assim, a cobertura está abaixo da meta. O ideal é que 95% do público-alvo seja imunizado. Atualmente, a cobertura vacinal do estado está em 70,67%.

É importante que todos busquem a vacina, principalmente aqueles que residem, ou que se deslocam, para municípios onde já ocorreram notificações de macacos mortos ou doentes, assim como a confirmação da circulação viral nestes locais.

FEBRE AMARELA.

A febre amarela é uma doença grave, transmitida por mosquitos em áreas silvestres e próximas de matas.

Os macacos sinalizam a circulação do vírus da febre amarela, porque vivem no mesmo ambiente que o mosquito transmissor da doença e são os primeiros a adoecer. A morte ou o adoecimento dos primatas é um alerta para os gestores e profissionais de saúde adotarem medidas de prevenção, uma vez que a doença nestes animais precede os casos humanos. “Quando um macaco doente ou morto for encontrado é importante que a população comunique a Secretaria Municipal de Saúde o quanto antes”, alerta João Fuck, gerente de zoonoses da Dive.

O SISS-Geo é um aplicativo que pode facilitar essa comunicação. Acessando o sistema é possível tirar uma foto do animal e marcar a localização que ele foi encontrado. As informações chegam instantaneamente até os órgãos de saúde. O SISS-Geo está disponível para aparelhos móveis com Sistema Operacional Android e também para IOS.
 
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