26/01/2022 às 13h27min - Atualizada em 27/01/2022 às 00h00min
5 dicas para o varejo físico compensar a queda das vendas
O primeiro passo é a integração entre os canais físicos e digitais
SALA DA NOTÍCIA Carvalho Comunicação
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Por *Andrei Dias Estudo da Canuma Capital mostra que as vendas online atingiram R$ 260 bilhões em 2021 e a ABRASCE, Associação Brasileira de Shopping Centers, mostra que o faturamento dos shoppings no mesmo período foi de R$ 128 bilhões, 50% a menos. Os dados não mentem, houve um crescimento expressivo das vendas online desde 2019 e essa crescente se mantém. É incontestável também que as lojas físicas e shopping centers estão sendo menos frequentados do que o que era considerado a média em tempos pré-pandemia. As conclusões que podemos tirar são que o hábito de comprar online veio para ficar. E, apesar de estarmos muito próximos de voltarmos à nossa vida de antes, pré-Covid-19, sabemos que algumas das mudanças causadas pela crise sanitária se tornaram o “novo normal”, isto é, já fazem parte do dia a dia da maior parte das pessoas. As estratégias omnichannel aplicadas ao varejo são cada dia mais imprescindíveis para que os lojistas possam atender às demandas desses novos consumidores. A omnicanalidade entra em cena e se torna protagonista dando escolhas ao consumidor para que ele faça a jornada de compra que lhe for mais conveniente. Essa jornada pode começar em um canal e terminar em outro, mas a chave é que essa separação de canais seja o menos “aparente” possível para o cliente. Para o consumidor, os diferentes pontos de contato com a marca devem proporcionar a mesma vivência, positiva e eficiente. Comprar online e receber em casa; pagar online e retirar na dark store; comprar na loja física mais próxima e receber em casa. Sim, a omnicanalidade permite oferecer todas as opções que o cliente pode desejar. Separei cinco dicas que irão maximizar as vendas por canais digitais, ajudando a compensar a queda nas vendas das lojas físicas: - Seja rápido
Para conseguir compensar, pelo menos um pouco, a queda nas vendas de lojas físicas com a utilização de canais digitais é preciso, principalmente, agir rápido. Pequenas empresas não costumam ter uma reserva de caixa muito alta. Portanto, tomar decisões de forma assertiva e ágil é essencial para colocar um plano em ação. Transformar lojas físicas sem movimento em hubs para fulfillment de pedidos online pode ser uma ótima solução para agilizar entregas e utilizar o espaço da loja que estava sem uso, além de dar novas funções aos vendedores, por exemplo. - Foque no curto prazo
Esse é o momento de trabalhar de forma enxuta e de focar naquilo que traz resultado a curto prazo, como estratégias de fundo de funil: campanhas de remarketing e recuperação de carrinhos abandonados, por exemplo. - Entregue a melhor experiência
Outro ponto importante é entregar o que o consumidor precisa neste momento: um serviço que funcione e que seja simples. Os novos consumidores migraram da loja física para o e-commerce não por uma escolha, mas por uma necessidade que o momento de crise trouxe. Portanto, é primordial que essas primeiras experiências do público com essa nova maneira de consumir, em canais digitais, sejam agradáveis eficientes e que cumpram o seu papel. Quando o cliente passa por uma jornada de compra diferente do que a que está acostumado, e essa vivência é positiva, as chances de ele voltar e fazer novas compras é muito maior e isso transforma a experimentação em um hábito adquirido. - Pense fora da caixa
Os momentos de crise, geralmente, são propícios para inovações. Ideias que nunca passaram pela cabeça de um lojista podem funcionar em tempos atípicos como o que estamos vivendo. Com as lojas fechadas, muitos vendedores ficaram sem função. Entretanto, não demorou para que alguém tivesse a ideia de mostrá-los como continuar ativos, atendendo os clientes como antes — só que agora por meios digitais, como redes sociais e WhatsApp. Essa foi uma das grandes quebras de paradigma que a pandemia trouxe para o varejo. Afinal, o chamado social selling chegou com muita força no início da pandemia e se mantém relevante mesmo com a reabertura do comércio. Isso porque é uma ferramenta que aproxima o cliente da marca, com um atendimento personalizado e que satisfaz os interesses do consumidor. - Pense nas necessidades dos seus clientes
Facilitar trocas e devoluções aumentando o prazo pode ser uma grande vantagem para clientes que ainda não se sentem seguros para frequentar lojas físicas. Aliás, ressalto que isso é algo relativamente simples de se implementar. Além disso, o cliente se sente contemplado e são ações como essa que fidelizam o público. Oferecer pagamento em boleto é outra atitude supersimples, e contribui muito com o público que não tem cartão de crédito. Além de levar a necessidade do cliente em consideração, o lojista atrai novos consumidores e ainda entra dinheiro no caixa quase que imediatamente. Esse é realmente o momento de colocar o cliente no centro de tudo, pois é ele que faz o varejo existir e persistir. Os momentos de crise mostram que nem sempre é preciso um superinvestimento, nem uma ideia mirabolante para aumentar a conversão ou conquistar um cliente. Muitas dessas ações têm um único pré-requisito para saírem do papel, que é uma boa plataforma omnichannel. É ela que facilitará a vida do varejista integrando canais, clientes, produtos, estoques e sistemas. E, finalmente, entregando a melhor experiência de compra para o consumidor e otimizando a operação de lojistas em todos os pontos de contato. *Andrei Dias é o Head de Vendas da Nexaas, Retail Tech brasileira.