16/12/2020 às 00h00min - Atualizada em 16/12/2020 às 00h00min

Pandemia afetou a renda de 49% dos catarinenses, diz pesquisa da UFSC

Da Redação
Ricardo Wolffenbuttel/ SECOM
Pesquisa realizada pelo Núcleo de Pesquisa Interdisciplinar Sociedade, Família e Política Social (Nisfaps) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em parceria com o Comitê SUAS/SC Covid-19 – Em Defesa da Vida e divulgada nesta semana mostra que 49% das famílias catarinenses tiveram a renda impactada durante a pandemia do novo coronavírus.
 
O levantamento foi realizado a partir de questionários on-line, respondidos por 2.101 famílias das seis mesorregiões de Santa Catarina entre 5 de maio e 1º de junho. Os resultados foram apresentados na última quarta-feira, 9 de dezembro, por meio de uma transmissão ao vivo no Youtube. 
 
Dessas famílias, 23% informaram que possuíam reservas financeiras para alguns meses, 6% tinham reservas para menos de um mês, 18% não dispunha de nenhum tipo de reserva, e 2% das famílias pesquisadas já estavam passando necessidades financeiras.
 
Além da diminuição da renda familiar, também destacaram-se, entre as maiores dificuldades mencionadas, problemas emocionais, restrição de convívio com familiares, aumento dos afazeres domésticos, dificuldades no pagamento de contas básicas, preocupação com o bem-estar emocional dos filhos, necessidade de auxiliá-los nas atividades escolares e aumento dos conflitos familiares.
 
Os dados demonstram, ainda, que a pandemia impactou mais o cotidiano das mulheres em diversos âmbitos. Nas famílias com crianças, com a transformação da casa em espaço escolar, elas se tornaram as principais auxiliares dos filhos e enteados nas atividades escolares do ensino remoto.
 
“A impossibilidade de contar com a rede de apoio familiar (avós, tios, entre outros) no cuidado de filhos pequenos somada à suspensão das atividades dos equipamentos escolares adensaram a, já pesada, carga de trabalho não pago das mulheres”, informa o relatório. 
 
A sobrecarga das mulheres se expressa também no acúmulo de responsabilidades e no aumento das jornadas, tanto em relação ao trabalho remunerado quanto ao não remunerado. São elas, ainda, as maiores responsáveis pelos cuidados de pessoas pertencentes aos grupos de maior risco à Covid-19, como idosos e doentes crônicos. 
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