08/12/2020 às 00h32min - Atualizada em 08/12/2020 às 00h32min

SC vive expectativa de receber doses da CoronaVac a partir de janeiro; Anvisa diz que ainda é cedo para aprovação

Marcos Eduardo Carvalho
Ricardo Wolffenbuttel/ SECOM
O governo de São Paulo anunciou nesta última segunda-feira o calendário para início da aplicação da vacina contra o novo coronavírus no estado, a partir de 25 de janeiro, priorizando profissionais da saúde e, em seguida, os idosos. Porém, a CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac, ainda depende da aprovação pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para ser aplicada – serão duas doses por pessoa, com intervalo de 21 dias entre uma dose e outra, para que seja feita a imunização. A vacinação será gratuita.

O público alvo inicial será de 9 milhões de pessoas. Embora seja uma iniciativa dos paulistas, o governador João Doria (PSDB), prometeu que 4 milhões de doses serão distribuídas entre os outros estados, o que aumenta a esperança de Santa Catarina, embora ainda não tenha sido detalhado para quais estados serão as doses.

Porém, em Santa Catarina, quase todas as regiões estão no risco máximo de contaminação e várias cidades já estão com 100% de lotação em suas UTIs (Unidades de Terapia Intensiva).

Na semana passada, inclusive, o governador Carlos Moisés (PSL) decretou toque de recolher de madrugada, para minimizar a presença de pessoas nas ruas neste horário e diminuir o contágio, além de ampliar o horário do comércio nas cidades, para diluir durante o dia a quantidade de pessoas nas compras.

Estima-se que, em São Paulo, o gasto com logística para transporte e aplicação de vacina, além da ampliação de postos, que deverá chegar a 10 mil, fique em cerca de R$ 100 milhões.

EFICÁCIA.

De acordo com o governo paulista, estudos clínicos já demonstraram que 94,7% dos voluntários não tiveram evento adverso. Dos que apresentaram alguma reação, 99,7% relataram sintomas de baixa gravidade, como dor no local da injeção e dor de cabeça leve. Artigo publicado na revista científica The Lancet apontou que a vacina do Butantan produziu resposta imune em 97% dos participantes dos estudos.

A CoronaVac é desenvolvida em parceria internacional entre o Instituto Butantan e a biofarmacêutica Sinovac Biotech. O resultado da fase 3 com o índice de eficácia do imunizante deve ser divulgado na próxima semana.

O almirante Antonio Barra Torres, diretor-presidente da Anvisa, porém, criticou o anúncio de Doria e disse que ainda falta muito para a aprovação da vacina. Em entrevista à Rádio Joven Pan, afirmou que a entidade paulista ainda não encaminhou os dados da fase 3 de testes clínicos da vacina, a etapa final antes do registro. Além disso, disse que o relatório da inspeção na fábrica da chinesa Sinovac —também importante etapa do registro— pode ficar pronto apenas no dia 11 de janeiro.
 
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