24/11/2021 às 12h03min - Atualizada em 24/11/2021 às 12h03min

Contorno viário vira tema de debate em Palhoça

Da Redação
Divulgação
O prefeito de Palhoça, Eduardo Freccia (PSD), recebeu, em seu gabinete, nesta segunda-feira (22), uma comitiva de moradores do Alto Aririú, autoridades políticas e representantes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e da Arteris Litoral Sul, concessionária responsável pelas obras do Contorno Viário da Grande Florianópolis.

A reunião foi marcada para a apresentação de uma solução alternativa para a intersecção do Contorno Viário com a Avenida São Cristóvão (a principal via de locomoção do bairro) – no projeto atual, parte da comunidade do Alto Aririú será isolada do restante do bairro pelo traçado da nova rodovia.

O prefeito levou a demanda, pessoalmente, à direção da ANTT e ao Ministério da Infraestrutura, em Brasília (DF), em setembro, e desde então vem batalhando nos bastidores para atender ao pedido da comunidade, realizando sucessivas reuniões com moradores e com os atores envolvidos na obra.

Como não houve um comunicado oficial da ANTT à Arteris solicitando estudos mais aprofundados, a apresentação ficou limitada à análise de uma proposta específica cogitada anteriormente pela Prefeitura, para uma mudança no local da intersecção.

“Na última reunião, foram discutidas todas as necessidades apresentadas pela comunidade e ficou agendada para hoje (segunda-feira, 22) uma primeira reunião de retorno com propostas, com estudos, para que a gente pudesse avançar neste assunto, na resolução deste problema ocasionado pelo local de intersecção do Contorno Viário com a Avenida São Cristóvão. O problema é que a ANTT não formalizou o pedido para a realização dos estudos, e nós esperamos que isso aconteça o mais rápido possível, porque se a ANTT não autorizar o estudo prévio, nunca vai acontecer. Isso nos preocupa. Achei que hoje veríamos uma proposta muito mais amadurecida”, lamentou o prefeito Eduardo.

Além dos moradores e dos representantes da agência e da concessionária, a reunião contou com a participação da classe política: o vice-prefeito, Amaro Junior; o ex-prefeito e atual coordenador de Projetos Especiais da Prefeitura, Camilo Martins; o senador Esperidião Amin (Progressistas); a deputada federal Ângela Amin (Progressistas), coordenadora do Fórum Parlamentar Catarinense, que reúne os 16 deputados federais e os três senadores de SC; e os vereadores André Xavier (PSC), Juninho da Farmácia (PL), Pitanta (PSD), Estefano Broering (Avante) e Mário César Hugen (Podemos).

Na abertura da reunião, o superintendente de Investimentos da Arteris, Marcelo Módolo, falou sobre as dificuldades que a concessionária teria para realizar o deslocamento do ponto de intersecção. Outras alternativas não foram detalhadas.

Ao longo da reunião, sugestões foram surgindo, como a construção de um túnel ou de um elevado que permitisse a manutenção da Avenida São Cristóvão no seu traçado atual. Essas alternativas podem receber estudos mais aprofundados por parte da equipe técnica da Arteris. Para isso, será necessário que a ANTT formalize o pedido.

O coordenador de Exploração da Infraestrutura Rodoviária de SC da ANTT, Gilmar Cardoso, presente na reunião, confirmou que não houve uma comunicação escrita à Arteris, mas ponderou que uma solicitação, ainda que verbal, é válida como um pedido de manifestação técnica e que um documento formal em resposta ao pleito da Prefeitura ainda está em elaboração.

Para que essa formalização aconteça o mais rápido possível, ficou estabelecido o agendamento de uma nova audiência, com a presença da direção da ANTT em Brasília e dos integrantes do Fórum Parlamentar Catarinense, para ouvir a posição da cúpula da ANTT e tentar fazer avançar o processo, com todos os procedimentos formais necessários.

Para o prefeito Eduardo, é preciso que a agência demonstre uma vontade maior em encontrar uma solução para resolver o impasse. “Tivemos aqui apenas uma análise prévia de um conceito, que já está se mostrando dificultoso em atender, mas não há uma evolução dessa situação. A ANTT precisa acompanhar, de fato, esse processo, fazendo com que seja encontrada uma alternativa viável. Temos que achar uma solução que tenha viabilidade. Não podemos simplesmente dizer que não é viável e não vai acontecer. A comunidade, que está aqui presente, está unida, está com força e não vai deixar isso passar em branco. Se a ANTT não considerar essa situação com a seriedade que ela exige, vai haver uma consequência bem preocupante na comunidade”, alertou o prefeito Eduardo.

“Nós entregamos vários ofícios à concessionária e fizemos este questionamento inúmeras vezes, porque não queríamos que nenhuma comunidade ficasse ilhada, e nos garantiram que isso não aconteceria. Não queremos ampliação de prazo de conclusão e nem paralisar a obra, só queremos uma solução pontual para esta região do Alto Aririú”, lembrou Camilo Martins, em referência à época em que era prefeito de Palhoça e buscava garantir que o traçado desenhado pela Arteris traria o menor impacto possível ao município.

A preocupação continua, com o ex-prefeito Camilo e o prefeito Eduardo unindo forças e aglutinando o poder de mobilização da classe política na esfera federal para encontrar uma solução viável.
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