14/10/2021 às 09h07min - Atualizada em 14/10/2021 às 09h07min
'Para quê vou tomar a vacina?', diz Bolsonaro em entrevista a emissora de rádio
Da Redação
José Dias/PR O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou atrás e afirmou na noite desta terça-feira que decidiu não tomar a vacina contra a Covid-19, depois de dizer que só tomaria após o 'último brasileiro se vacinar'. O presidente, que é acusado de ter ignorado ofertas de algumas vacinas, como a da Pfizer, e de ter debochado de outras, como a CoronaVac, disse em entrevista à Rádio Jovem Pan que viu "novos estudos" e que decidiu não ser vacinado.
"No tocante à vacina, eu decidi não tomar mais. Estou vendo novos estudos. A minha imunização está lá em cima. Para quê vou tomar a vacina? Seria a mesma coisa jogar na loteria R$ 10 para ganhar R$ 2. Não tem cabimento isso daí — disse Bolsonaro.
As vacinas contra a Covid-19 são recomendadas pela Organização Mundial da Saúde, que destaca que sua eficácia foi comprovada por meio de testes clínicos que demonstraram sua capacidade de prevenção contra a doença na maioria dos casos. Além disso, a eficácia da vacina continuou sendo monitorada após sua utilização. Apenas as vacinas que se demonstraram seguras e eficazes forma aprovadas pela OMS.
Durante viagem ao litoral de São Paulo durante o feriado de Nossa Senhora de Aparecida, Bolsonaro criticou a exigência do comprovante de vacinação para ir ao jogo do Santos pelo Campeonato Brasileiro. Nas últimas semanas, o presidente elegeu como novo alvo de suas críticas a proposta do chamado "passaporte da vacina", que determina a apresentação o da carteira de vacinação para que se frequente alguns lugares.
Na entrevista, Bolsonaro disse não ser contra a vacina e justificou afirmando que, em dezembro, assinou uma medida provisória liberando R$ 20 bilhões para a aquisição dos imunizantes.
O presidente, entretanto, afirmou que existe uma "sanha" para que se compre mais vacina e insinuou que essa exigência é impulsionada pelas empresas.