13/11/2020 às 00h00min - Atualizada em 13/11/2020 às 00h00min

Eleição de Biden não terá impacto imediato no agronegócio, diz analista

Marcos Eduardo Carvalho
Ricardo Wolffenbuttel/ SECOM
De acordo com censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2017, Santa Catarina tem 502 mil pessoas ocupadas em atividades agropecuárias no estado, com 6,4 milhões de hectares ocupados pelos 183 mil estabelecimentos agropecuários do estado.

Em 2017, de acordo com o IBGE, Santa Catarina produziu 160 milhões de cabeças de aves e a produção de ovos chegou a 243 milhões de dúzias, além de 8,4 milhões de efetivos suínos. Outro dado relevante: Santa Catarina produziu naquela ano dois milhões de toneladas de soja em 17 mil estabelecimentos agropecuários. Ou seja, o agronegócio tem grande importância para a economia catarinense, já que representa 70% das exportações e um terço do PIB (Produto Interno Bruto) do estado.

Agora, com a eleição do democrata Joe Biden à presidência dos Estados Unidos, fica a expectativa do que isso poderá impactar no agronegócio brasileiro e, consequentemente, em Santa Catarina, que ainda sofre também com os impactos da estiagem desde o ano passado.

Para o diretor-fundador da Scot Consultoria, Alcides Torres a eleição de Biden não mudará muito o cenário neste primeiro momento, ao menos nos próximos 12 meses.

“Os presidentes democratas têm a característica de defender os agricultores norte-americanos e, nesse sentido, poderemos ter alguma surpresa”, disse o especialista.

O assunto, inclusive, será alvo de debate no dia 27 de novembro, durante encontro de analistas da Scot, em São Paulo. “Esse assunto com certeza será explorado pelos nossos debatedores no primeiro painel do Encontro de Analistas. Além da repercussão do pós-eleições nos EUA e Brasil, também abordaremos a disputa comercial entre os americanos e os chineses, e os reflexos desse cenário nos mercados mundiais”, diz Scot.

Em outro bloco do encontro, a alta da carne bovina também será discutida. “Além do mercado de carne bovina, também discutiremos os mercados das principais commodities que afetam o desempenho da pecuária de corte nacional. Embora cerca de 60% da próxima safra de grãos já estejam comercializadas, a baixa dos estoques de passagem e o atraso no plantio da soja, que vai estreitar a janela da semeadura na segunda safra de milho, são elementos interessantes a se discutir”, disse.
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