27/09/2021 às 08h26min - Atualizada em 27/09/2021 às 08h26min

Segurança cibernética deve ser prioridade, diz Fiesc

Da Redação
Filipe Scotti/Fiesc
Cada vez mais as empresas terão que colocar medidas de segurança cibernética como prioridade. Só em 2020 foram registrados mais de 3,4 bilhões de ataques cibernéticos no Brasil. Os dados foram apresentados pelo diretor da Teltec Solutions, Alexandre Moraes, durante reunião da Câmara de Smart Cities da Fiesc, realizada nesta quinta-feira, dia 23, em parceria com o Comitê da Indústria de Defesa (Comdefesa) e a Acate. Durante o encontro, foi realizado painel sobre cibersegurança, no qual também participaram o presidente da Câmara, Jean Vogel, o subchefe do Centro de Defesa Cibernética, Marcelo Ferraz dos Reis, e o CEO da Impactech, Marcelo Ferreira Guimarães. 

Dados apresentados no encontro mostram que no primeiro trimestre de 2020 os casos de ransomware (sequestro de dados) cresceram 350% em comparação com o mesmo período do ano anterior, aponta a Kaspersky. Durante a reunião, os painelistas destacaram que os ataques hacker são cada vez mais frequentes e causam impactos em grandes proporções, como o que ocorreu recentemente no maior oleoduto dos Estados Unidos, interrompendo o abastecimento em parte do país. No caso de fábricas 4.0, por exemplo, a segurança cibernética precisa de maior atenção porque em caso de ataques podem ocorrer paradas na produção.  

Moraes destacou que as empresas precisam desenvolver uma política de segurança (confidencialidade, integridade e disponibilidade) como processo contínuo. “Ataques acontecem a todo momento. É preciso disciplina, entender os requisitos regulatórios e negociais, fazer análise de risco e custo. O que é sagrado pra mim e minha empresa? Então devo proteger, monitorar continuamente, testar, gerenciar e analisar”, resumiu. 

"A segurança e a disponibilidade dos dados é um tema que exige atenção máxima, seja para as cidades, que cada vez mais rodam sistemas de gestão e de serviços ao cidadão em nuvem, seja para a indústria 4.0 ou não, que opera máquinas controladas por sistemas digitais. Além disso, o tema oferece ampla perspectiva de oportunidade para empresas de tecnologia, no que diz respeito ao desenvolvimento de produtos e serviços para cibersegurança", afirma Jean Vogel, presidente da Câmara Smart Cities FIESC. 

Além dos crimes financeiros, com extorsão de empresas e órgãos de governo, os ataques cyber são cada vez mais a nova fronteira das guerras. No início de 2020, as forças de Israel destruíram um quartel-general do Hamas, na Faixa de Gaza, de onde partiam diversos crimes cibernéticos. Em 2015, no auge dos conflitos da invasão russa à península da Crimeia, hackers atacaram empresas de distribuição de energia na Ucrânia, atingindo diretamente 230 mil pessoas.

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